Terça-feira,28/2/1984
Quem é Daniel Lopes
+ 5 Comentário(s)Nasci em 1984 na cidade de Teresina, onde ainda moro.
Comecei a gostar de ler ainda novo, o que não deixa de ser surpreendente, dada a enorme quantidade de professores de português e literatura antipáticos que tive. Confesso que até de alguns paradidáticos gostei, como Memórias de um sargento de milícias e Triste fim de Policarpo Quaresma, e deve estar por aí a gênese do meu gosto pelas letras. Ainda no colégio, nunca consegui gostar de Machado de Assis, e apenas quando já havia entrado na universidade pude compreender que não perdera nada.
Depois que saí do Ensino Médio, e levando a cabo um projeto de aprender línguas, passei a freqüentar escritores como Ernesto Sabato, J. M. Coetzee, Albert Camus e Primo Levi. Ao mesmo tempo, também descobri as maravilhas que eram, e são, os brasileiros Milton Hatoum e Graciliano Ramos. Ah sim, de Rubem Fonseca eu já nasci gostando.Colaborar, embora de forma bastante diminuta, com a vida deste Digestivo Cultural, um dos poucos sites culturais do mundo com zilhares de acessos diários, para mim é uma honra.
Iniciei os cursos de Ciências Sociais, Inglês e Jornalismo, mas não concluí nenhum. Sou editor do coletivo Amálgama, de atualidade, comportamento e cultura, e mantenho o blog Index, onde escrevo sobre ateísmo, ciência e religião.
Daniel Lopes
Teresina,28/2/1984
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05.Neruda, oportunista fantasiado de santo - 18/3/2008* esta seção é livre, não refletindonecessariamente a opinião do site
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES | ||
28/1/2008 | ||
23h04min | É, Lopes, não gostar do Machado e gostar de escritores estrangeiros bem traduz esta juventude de hoje influenciada pela cultura americana e outras, que entram nos nossos ouvidos diariamente pela mídia e também por livros. Você sabia que há alguns anos para se vender livros as editoras somente editavam livros de autores brasileiros com nomes em inglês porque vendiam mais? Talvez o rádio, a televisão, o computador e todo tipo de mídia moderna tenham vindo estragar de vez a literatura dos romances, das conversas em família na sala da casa e de um debate e discussão de um bom livro. | |
[Leia outros Comentários de Delton] | ||
30/1/2008 | ||
23h21min | O gosto é uma experiência particular que deriva da formação até a construção da personalidade, sempre sofisticada e complexa, daí cada um ter suas preferências. Delton, seu discurso nada tem a ver com literatura, é só uma retórica ideológica; e a literatura é só pano de fundo, como um oportuno e anacrônico Policarpo Quaresma. Todos devemos ler de tudo, senão ao menos tentar. No entanto, uns poucos serão eleitos modelares. Particularmente, gosto muito de Machado de Assis, mas sei que a sua leitura tem certos aspectos que não facilitam a atração de leitores em formação. Convenhamos que ler um panteão e não poder expressar o que realmente ele provocou é castrador e frustrante, logo a aceitação espontânea torna-se uma dificuldade em se tratando de Machado. Quanto ao valor dado à literatura nacional em seu comentário sobre os autores estrangeiros, fica um pouco complicado, porque livro ruim é ruim em qualquer idioma. Daniel um abraço e Delton leia um pouco do Salinger e do Burns. | |
[Leia outros Comentários de Carlos E. F. Oliveir] | ||
31/1/2008 | ||
11h01min | Daniel, gosto é gosto. A literatura não precisa desses paradigmas intangíveis como Machado de Assis (e aqui não discuto a qualidade dele). A impressão que tenho, às vezes, é a de que o estilo dele engessou a literatura e o gosto do leitor nacional, este, incapaz de entender que a arte da escrita é íntima, como a reflexão do leitor. Gosto mais do Machado contista. O romancista não me surpreendeu da mesma forma. Delton, em parte concordo com você: a influência estadunidense é grande demais, só que ídolos perfeitos fazem tão mal quanto ela para a literatura. Deixo aqui uma frase de Flaubert, em Madame Bovary - reescrita com a precisão de uma noite mal dormida - que acabei de reler: "Os ídolos não devem ser tocados; a tinta dourada pode desgrudar e marcar nossos dedos" | |
[Leia outros Comentários de Vicente Escudero] | ||
7/9/2008 | ||
13h08min | Olá, Daniel. Eu novamente!!! Tornei-me fã do seu blog, embora tenha ficado tristinha por você não gostar do Machado. Eu, pessoalmente, adoro os contos... Acredito que são neles que a maravilhosa escrita do Machado aparece com maior clareza, talvez pela condensação. Experimente um conto... Pegue, por exemplo, "Anedota pecuniária". Analise-o, descubra qual a verdadeira história por detrás da história. Esse conto - um dos menos analisados e conhecidos do Machado - é um primor! Experimente... Ahhh, vai, experimente!!! Bj. | |
[Leia outros Comentários de Marilia] | ||
22/5/2009 | ||
23h41min | Ara, ara... deixa o "menino", depois ele lê o Machado e todos os clássicos brasileiros, depois ele irá ler, com certeza, tem todo o tempo do mundo. Gente, parem com toda essa vaidade intelectual... isso me dá náuseas... Cresci numa universidade, toda minha familia era assim, todos eruditos, um queria falar "mais bonito" que o outro, quem não era pós-doutorado era visto com maus olhos e até desprezado. Leio os comentários e aí está de novo a "maldita" vaidade das vaidades, implícitamente escancarada. Éca! | |
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